O sol de inverno
Quem o conhecia, sabia que sem sua querida mulher era apenas uma sombra do homem que antes fora.
Caminhando na vereda, seguiu às cegas sua própria sombra, a única que não o abandonara. Aliás ele não podia a ignorar, o sol de inverno fazia-a três vezes maiores que no verão.
Ficou devastado, e ao fim da vereda, quando se aproximou à beira da falésia, estava prestes a saltar, o sol murmurou no ouvido “Espere! Vou dar-lhe asas.”
Theo De Bakkere, 70 anos, Antuérpia-Bélgica
Desafio nº 263 – imagem de Isabel Peixeiro
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