Mil quatrocentos e sessenta dias, quatro horas e vinte e quatro minutos. Precisos e pesados, marcas de tinta indelével, inscritas na pele, que a memória não trairia. Nunca. Agrilhoado a esse passado, sentia, ainda, a cada instante, o gume que um ato irrefletido causara. Tempo e espaço tinham-no confundido, transformado. Ali, era apenas um nome sem corpo, um andarilho servil. O peso do céu em cima. Agora, redimido e livre, avançava. Um fulgor no olhar: a vida!
Zelinda Ferreira Baião, Algés
Desafio nº 263 – imagem de Isabel Peixeiro
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