Era um dia de estio. Toda a vida a calcorrear o Montemuro de lés-a-lés. Conhecia-lhe a alma agreste. Perdido em recordações.
Quando se sentia um califa a guiar a tribo aos banhos refrescantes no rio Bestança. Sentiu um calafrio. Acordar e partir poderia ser o seu lema.
Mas hoje ali sentado, no lar onde terminaria os seus dias sentiu-se frágil. Expiou a rua e não se via alma. Maldito vírus, que veio para certificar a estupidez humana.
Alda Gonçalves, Porto, 54 anos
Desafio nº 247 – palavra mágica
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