Sempre os olhei como mágicos. Cada dia, uma aprendizagem. Cada receita, um legado. Cada história, um presente. Guardo tudo. Guardo, mas partilho, só assim faz sentido. Como eles fizeram comigo. Todas as tardes serviam-se de histórias, bebericavam ideias e enchiam-se de pensamentos. Então, salpicavam os nossos rostos com emoções. Por vezes, tinha medo. Agarrava-me à minha prima e escorregava para debaixo da saia. Depois passava e até me ria. Era esta a magia! A magia dos avós.
Sobral Ramos, 44 anos, Coimbra
Desafio nº 266 – excerto de Isabel Peixeiro
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