Havia um ímpeto de cuidar. Foi assim que me entreguei ao voluntariado e decidi partir. Inexplicável este tormento, insensível, brutalmente mau. Famílias desfeitas, desalojadas, feridas. Feridas de tal forma que sinto que, muitas, nunca estarão curadas. Desde que começou apercebi-me que os dias simples na nossa casa, que sempre desafiara a floresta, acabaram. Para mim, o mundo era casa. Uma casa que não se queria tão cheia de dor, de feridas, tantas por curar. Tantas… Façam-no parar!
Sobral Ramos, 44 anos, Coimbra
Desafio nº 269 – excerto de MFS
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