Jogar às escondidas nas noites de Verão, com as folhas da velha palmeira a proteger a visão do que ficava a contar até dez na parede norte era a brincadeira mais divertida. Espreitando pelo buraco da fechadura também dava para ver as sombras das árvores. Nessas noites via-se a imagem da estátua refletida no meio do lago. Era um rapaz feito em bronze, de longos braços, vestido de calções com um cinto, e um olhar muito espantado.
Alda Gonçalves, 54 anos, Porto
272 – palavras encadeadas, com palmeira
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