Ouve-se um choro em surdina,
nos restos das cinzas
nos cânticos vagos
nas brumas do Céu
na chuva que beija
nas palavras
nos gestos clásticos
no dia que esmorece.
Em toda a Criação
a arrogância dos humanos
a intolerância dos sombrios
a distância dos indiferentes
a mancha do pecado.
Na liberdade do vento,
a doçura dos crentes
a leveza dos pássaros
a mansidão do mar
a urgência em voar
o deleite da inocência
o enigma do porvir.
Judite, 30 anos, Santarém
43 – imagem de uma gota a cair numa superfície lisa de água
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