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da Rádio SimLealdade suprema
Em cada poema um mundo de esperanças. Mas nunca era o bastante. Então amarrotava o papel com uma urgência envergonhada, como o fim de uma grande amizade. Acertava sempre. Era essa a sua redenção, a lealdade suprema para com a sua arte. Nesse dia porém o papel caiu fora do cesto e resvalou para longe. Um sorriso aflorou. Alisou-o tanto quanto conseguiu, junto de si como um pássaro caído do ninho. E voltou a pegar na caneta.
Paula Coelho Pais, 53 anos, Lisboa
Desafio nº 68 – imagem de uma folha
amarrotada
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