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Chegou lento e breve, o vento. Empurrou nuvens, correu muros, descobriu e selou medos imensos. Moveu-se por entre flores e moinhos, duvidou, emendou, sombrio e sóbrio. O vento inspirou e respirou o próprio choro e devolveu-o depois em segredo, num suspiro intenso. O vento é doce ou rude, impetuoso ou meigo. Ouvi dizer que o vento foi homem que Deus tornou invisível por persistir em ser incómodo. O vento vive isento de medo, ser sempre em movimento.
Maria Teresa Meireles, 53 anos, Vila
Nogueira de Azeitão
Desafio nº 37
– uma história sem usar a letra A
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