Coisas do vento
O vento ecoava veloz, beijando de rompante a janela da vizinha Liana. Era grande amiga – muito sonhadora. Travava conversas com o vento. Ele tudo dizia, ela tudo sabia.
Naquela
tarde o vento fora tão rápido, a voz fora
tão impercetível, que apenas vaziamente percebeu
a mensagem do amigo.
Liana percebeu
que as palavras azedavam e
eram rudes, deixando-a de mente vazia.
A brisa
estival, muito calma e doce, apareceu e esclareceu:
– O
vento tornara-se avarento de ambição.
Fernanda Costa, 53
anos, Alcobaça
Desafio nº 96 – palavras com Z e V
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