Desculpas
de mau pagador, desculpas esfarrapadas, histórias da carochinha, conversa fiada
são todas expressões de que me lembro quando penso em desculpas ― e eu penso
frequentemente em desculpas.
Não porque as use muitas vezes (ou talvez isto
seja uma desculpa?), mas porque as oiço todos os dias, mais do que uma vez por
dia: sou professora e está tudo dito!
Ora,
pensando bem no assunto e como estava um bocadinho cansada de ouvir sempre as
mesmas desculpas para as perguntas de sempre, decidi mudar de estratégia e
passei a pedir uma “boa desculpa” a cada aluno que não fazia os trabalhos de
casa, que chegava tarde à aula, que não trazia o material, que não trazia as
mensagens assinadas pelos pais.
E o
resultado foi “fantástico”! Sim, sim, porque eles inventaram histórias do arco
da velha!
Deixo-vos
uma pequena amostra do que podia perfeitamente ser uma das desculpas deles:
― Estás
“relativamente” atrasado ou sou eu que tenho o relógio adiantado?
― Sabe
professora, o problema é exactamente esse: o tempo é relativo! Sei isso porque
o meu tio acabou de construir uma máquina do tempo e fui com ele ao futuro e vi
coisas extraordinárias. Só que era uma viagem experimental e demorámos mais do
que o previsto. Mas tenho uma coisa para lhe contar: vou ser Primeiro Ministro
e vou convidá-la para ser Ministra da Educação?
Paula Cristina
Pessanha Isidoro, 35 anos, Salamanca
Desafio Escritiva nº
17 – desculpas criativas
Muito excelente! Já vou logo enviar a minha!! Beijo.
ResponderEliminarForça, vou tratar delas agora. Um grande beijinho
EliminarRealmente este aluno viajou na desculpa!
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