28/05/18

Diário 77 ― 60 ― Poemas


A poesia que escrevia era a única coisa que não partilhavam. Não por vontade dela, que começou por mostrar e depois guardou sem esconder. Também não por vontade dele, pois apenas se sentia incomodado nos versos que lhe tocavam fundo, mas que não conseguia explicar com a razão. Em tudo o resto, as almas achavam-se gémeas. Contudo, há sempre um dia que desarruma as histórias das pessoas, e nesse dia ele leu e entendeu com o coração.
Margarida Fonseca Santos


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