A
sirene de nevoeiro que tocava era dum livro do Maigret, mas o homem que descia
da ponte era real e enorme.
A
senhora loira com as jóias era a Bianca Castafiore, dos livros do Tintim, mas a
faca dele era real, comprada na rua dos Bacalhoeiros.
Ele
apanhou-a pelas costas, não houve gritos, mas o sangue jorrou. Fugiu com as
jóias, mas na casa de penhores disseram-lhe logo: “não queremos, são a fingir,
não são reais”.
João Paulo
Chora, 52 anos, Cascais
A sirene de nevoeiro que tocava era dum livro
do Maigret, mas o homem que descia da ponte era real e enorme.
A senhora loira com as jóias era a Bianca
Castafiore, dos livros do Tintim, mas a faca dele era real, comprada na rua dos
Bacalhoeiros.
Ele apanhou-a pelas costas, não houve gritos,
mas o sangue jorrou. Fugiu com as jóias, mas na casa de penhores disseram-lhe
logo: “não queremos, são a fingir, não são reais”.
João Paulo Chora, 52 anos,
Cascais
Susana ansiava pelo dia de aniversário,
regularmente perguntava:
- Quantos dias faltam para os meus anos, mamã?
- Menos um do que ontem querida!
Susana era como o pensamento, voava a todo o instante.
Até que o dia chegou.
Teve um presente especial, um livro encantador, onde vivia um peixinho - brilhava como as estrelas, cristalino como a água.
Contava-lhe as mais belas histórias do seu mar, todos os dias lhe oferecia um sorriso.
Susana pescava Felicidade...
- Quantos dias faltam para os meus anos, mamã?
- Menos um do que ontem querida!
Susana era como o pensamento, voava a todo o instante.
Até que o dia chegou.
Teve um presente especial, um livro encantador, onde vivia um peixinho - brilhava como as estrelas, cristalino como a água.
Contava-lhe as mais belas histórias do seu mar, todos os dias lhe oferecia um sorriso.
Susana pescava Felicidade...
Susana
Assunção 37 anos e sou de Vila do Conde
Toda a tarde a correr pelo jardim, a trepar às
árvores, a jogar à bola… mas a energia de Catarina estava longe de acabar.
– Catarina! São horas… – chamava a mãe.
Mas o jardim oferecia novas árvores para trepar, mais
relva para correr, outros campos para jogar… e Catarina não conseguia dizer que
não a tais convites.
– Vou já! Só mais um bocadinho – pedia.
E o sol ajudava, demorando a deitar-se, só para a ver
feliz.
Rita
Vilela, 46 anos, Paço d’Arcos
Entrámos
no carro depois de uma ida surpreendentemente rápida ao Hospital público.
Diagnóstico confirmado: otite. Cansada e com calor, eu estava concentrada nas
manobras necessárias para tirar o carro do parque de estacionamento
subterrâneo ao mesmo tempo que pensava nas dores de ouvidos que o Miguel
estaria a sentir. Dores aos quatro anos deveriam ser
proibidas! "Mamã..." – começou ele. "Nos teus tempos, quando tu
e o papá viviam lá em Lisboa, as casas eram feitas de palha?"
Helena
Rocha, tenho 31 anos e vivo em Lagos.
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