77 de cada coisa
A bisavó Dores podia ter 77 anos, mas não tem.
Podia ter 77 palavras difíceis para ensinar ou 77 receitas para levedar água na boca, mas não tem.
Podia ter 77 balões cheios de ar-felicidade para ir a algum lugar ou 77 sorrisos-xxl para vestir, mas não tem.
Podia ter 77 carinhos para afagar ou 77 beijinhos para abraçar, mas não tem.
Porque a bisavó Dores tem mais.
Tem tudo isso, mas muito, muito mais...
A bisavó Dores podia ter 77 anos, mas não tem.
Podia ter 77 palavras difíceis para ensinar ou 77 receitas para levedar água na boca, mas não tem.
Podia ter 77 balões cheios de ar-felicidade para ir a algum lugar ou 77 sorrisos-xxl para vestir, mas não tem.
Podia ter 77 carinhos para afagar ou 77 beijinhos para abraçar, mas não tem.
Porque a bisavó Dores tem mais.
Tem tudo isso, mas muito, muito mais...
Carolina Gaspar – 27 anos, Amadora
-Conta outra vez, mãe!
A aventura do menino grão de
milho era lida e relida, ao ritmo do cansaço de um dia de trabalho. A pequenita
de dois anos, olhinhos atentos, seguia a corrida das letras, num livro que já
sentia a fadiga de tantas viagens.
Até que um dia…
-Olha mãe, já sei ler.
Seguindo o texto com o dedito
rechonchudo, vai “lendo” a história, palavra por palavra, página por página.
O “prodígio” animou o cansaço…
+
Hora
do banho. Os dois irmãos mergulharam na água quentinha e enquanto aguardavam a
mãe, nadavam, nadavam como se a imensidão do Oceano Atlântico ali coubesse,
inteirinho! As ondas iam e vinham alterosas e espraiavam-se… no chão da casa de
banho!
De
repente, ouviram a mãe gritar da cozinha:
-João,
vai dar banho aos teus filhos. Tenho o jantar atrasado.
Do
fundo do oceano, ouviu-se uma vozinha aflita:
-Mano,
estamos tramados! Hoje vamos ter banho à “paisana”!
Paula
Agualusa , 57 anos e sou de Ílhavo
Com a dona caminhava ao longo da linha. Ela sabia a hora do
comboio,
por isso ficou muito espantado quando ouviu aquele barulho seguido de
um movimento aéreo e brusco. Estava escuro e as narinas não
reconheciam aquele cheiro. Recuou ao senti-la voar, correu atrás dela
e pôs as patas no ar, no nada. Ela voara bem mais alto da sua força
imensa de animal noturno, conhecedora dos campos, normalmente
solitários, aquela hora. Que dona era aquela?
por isso ficou muito espantado quando ouviu aquele barulho seguido de
um movimento aéreo e brusco. Estava escuro e as narinas não
reconheciam aquele cheiro. Recuou ao senti-la voar, correu atrás dela
e pôs as patas no ar, no nada. Ela voara bem mais alto da sua força
imensa de animal noturno, conhecedora dos campos, normalmente
solitários, aquela hora. Que dona era aquela?
Rosário Oliveira, Colégio Dinis de Melo
“Um
ouriço-cacheiro chamado Natal”
Era uma vez uma menina que
encontrou um ouriço-cacheiro.
- Olá chamo-me Natal.
- Como é que consegues falar? –
Perguntou a menina.
- Isso não importa.
- Estás perdido?
- Não, estou aqui para te ajudar
a acreditar no menino Jesus.
- Mas eu acredito.
- Então prova-o.
No Natal distribuiu roupa que já
não usava pelos meninos mais carenciados da sua rua e fez um teatro sobre o
Natal, para provar que acreditava no menino Jesus.
Márcia Matias, sou do
6ºC da escola E.B.2/3 António Bento Franco, na Ericeira
Era a primeira noite de
Natal em casa dos meus donos. Sentia-me nervoso com toda aquela azáfama e
alegria contagiantes.
Eis chegada a hora por
que todos esperavam ansiosamente, as doze badaladas não se deixaram atrasar
pela neve que dançava em redor dos pinheiros aperaltados para o momento.
Um embrulho para mim?!
O rafeiro que até há duas semanas farejava a lixeira à procura de algo
comestível! Um osso enorme surgiu diante dos meus olhos. Sorri calorosamente!
Anabela Soares, 40
anos, Maceda – Ovar
Ele era enorme, peludo, estava desejoso de provar o mel, e avançava calmo e decidido naquela direcção.
Do ar, uma abelha vigiava os seus passos… na esperança
de o conseguir impedir.
Usando uma dança que só as abelhas sabem fazer, avisou
as companheiras de que a colmeia estava em perigo. E elas foram chamar o Homem… que
afugentou o urso… mas, no final, lhes levou o mel.
Moral da História: Quem confia no Homem, perde o mel!
Rita Vilela, Paço d'Arcos
"Aos dez anos tive um sonho, mas sem me dar conta, virei-lhe as costas e bati com a porta.
Aos vinte, ele voltou a ecoar, olhei-o nos olhos, mas pensei que tinha tempo e muitas coisas para viver.
Aos trinta, ele chegou de mansinho e assustou-me. Achei-o maior que eu e por medo encerrei-o num baú.
Aos quarenta, apercebi-me que tinha um sonho pelo qual valia a pena lutar.
Hoje, aos cinquenta, vivo para concretizar um sonho."
Quita Miguel, 52 anos, Cascais
Muito bem! O pessoal está inspirado. Bom ano para todos.
ResponderEliminarObrigada!!! Estão mesmo giras!
ResponderEliminarUm grande beijinho, Helena
Parabens Margarida, reuniste aqui uma boa colecção! :-)
ResponderEliminarBom ano!
bjs JP
Obrigada! Tenho uns colaboradores especiais, essa é a verdade... Beijinhos
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