Eram momentos sonolentos, ela não se encontra em
casa. Ele não a sente perto. O mar, o oceano e os pensamentos fazem-no passar
pelo retorno do passado. Ele é poeta e o tempo é o escoamento do que ele sente.
O som das ondas e o poder dela no namoro fazem-no lembrar da casa a esmorecer,
do momento no corredor, da alma em ascensão. O corpo dela é o motor das
estrelas. Ela é amor, ele cor.
Sofia Gomes, Nº12, 10ºC
Escola Básica e Secundária de Fajões
O carro parte célere e detém-se com as rodas a soar à entrada da casa cor-de-rosa.
-Mas onde está a Lola?
-Mantém a calma! – ordena Ester entrando para o ascensor.
Marta não responde. À porta de casa depara-se com penas pelo ar. Contempla os pássaros sem penas e as mãos de Lola plenas de penas amarelas, rosa e encarnadas. Então ela sopra e ao mesmo tempo esclarece de saco na mão:
-O calor ataca cá em casa.
Quita Miguel, 52 anos, Cascais
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