21/06/12

EXEMPLOS - desafio nº 10

Sem querer não podes tudo!
Esse é um conselho de vida que hoje te dou...
Força, vontade, garra, dependem da vontade forte. Vai em frente!
Na vida não terás apenas molezas e facilidades, não.
Precisarás aprender a trilhar...
Pedras pelo chão hão de aparecer e delas, deves saber desviar...
Mas não precisas te afligir... A cada passo, a certeza do teu foco vai te acompanhar...
Segue caminho. Escolhe, mas nunca esqueces isso:
Podes tudo, não sem querer!
Chica, Brasil

Se é resmungona, não gritam com ela. Será que faz sentido? Muitas vezes a Marta se pergunta por que razão a família não lhe dirige a palavra quando ela teima que lhe comprem alguma coisa. Um chocolate, umas gomas ou mesmo uma saqueta dos seus cromos preferidos. Não acontece nada. Nem gritos nem presente. Quando por fim desiste vencida pelo cansaço e se põe amuada, disparam aos gritos. Percebeu que se não é resmungona, gritam com ela.
Vanda Pinheiro

Não sei o que vai na cabeça do Francisco. Mas sei o que vai no seu olhar. De um azul cristalino e transparente, os seus olhos despejam o mar quando chora, espelham o sol quando ri, iluminam a noite quando pensa. Piscam de curiosidade, tremem enquanto busca o desconhecido, brilham quando encontra o saber. Mas são as mãos que tateiam e o guiam pelas páginas da vida. Observo-o! Sei o que não vai na cabeça do Francisco!
Ana Paula Oliveira

Se é resmungona, não gritam com ela. Será que faz sentido? Muitas vezes a Marta se pergunta por que razão a família não lhe dirige a palavra quando ela teima que lhe comprem alguma coisa. Um chocolate, umas gomas ou mesmo uma saqueta dos seus cromos preferidos. Não acontece nada. Nem gritos nem presente. Quando por fim desiste vencida pelo cansaço e se põe amuada, disparam aos gritos. Percebeu que se não é resmungona, gritam com ela.
Vanda Pinheiro

«Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar», diz a voz metafórica do povo. Mas a ganância do Luís leva o dito à letra, tentando capturar o máximo possível de aves, sobretudo aquelas cujo canto as torna preciosas.
O Francisco, rapazinho de sentimentos, é que não está pelos ajustes e sabota as armações do outro. A cada avezita que consegue livrar, diz:
Um, dois: mais vale a voar, pássaro, que na mão do passarinheiro.
Carlos Alberto Silva, Leiria 

Sem querer não podes tudo!
Esse é um conselho de vida que hoje te dou...
Força, vontade, garra, dependem da vontade forte. Vai em frente!
Na vida não terás apenas molezas e facilidades, não.
Precisarás aprender a trilhar...
Pedras pelo chão hão de aparecer e delas, deves saber desviar...
Mas não precisas te afligir... A cada passo, a certeza do teu foco vai te acompanhar...
Segue caminho. Escolhe, mas nunca esqueces isso:
Podes tudo, não sem querer!
Chica, Brasil, publicado http://sementesdiarias.blogspot.com.br/2012/06/no-desafio-conselhos.html

Enfim sós, caminhando ao luar
Enfim sós, caminhando ao luar! Raul ainda temeu que ela não aparecesse Mas ali estava ela, ZHANG, a sua amada.
Desde que a conhecera que ficara fascinado.
Havia barreiras culturais, crenças, hábitos, tido era diferente. Mas ele tinha a certeza, não havia obstáculo insuperável! O pai dissera-lhe ao sair: culturas diferentes não dão certo!  
Amavam-se, era o importante.
Se ela não viesse teria de se dar por derrotado. Olhou-a, estava linda, ali ao luar caminhando sós, enfim
Carla Silva, 39 anos, Barbacena, Elvas

Apenas o desejo de teu abraço, fazer um laço.
Juntar
Ponta a ponta sonhos atar,
Prensar o medo
Acolher até o ar quase fugir...
Afugentar, somente a solidão.
Enlaçar
Envolver,
Embaraçar
Fios do novelo juntar
Laço de unir, enfeitar.
Qual presente,
Entregar...
E no meio de ti,
Olhos fechar,
Tempo pedir para parar,
E o mundo pode rodar
Girar e apenas esse desejo realizar:
 Na quietude,
Toda plenitude,
Um Desejo de: Teu laço, o abraço apenas... Fazer...
Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil

– Não quero comer mais!
Estava cansada daquela conversa. Todos os dias reclamava com tudo. Ou estava salgado ou estava frio! Tinha sempre um defeito. Naquele dia esmerara-se. Quase acreditou que seria elogiada. Podia esperar sentada, pois os elogios eram raros. É verdade que não conseguia evitar de provocá-lo, mesmo sabendo que a resposta fosse indelicada.
– Que fazes com o prato no ar? Hoje vai haver tiro ao alvo? Tudo tem defeito para ti!
– Não, quero comer mais.
Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada

Grande confusão
Os livros, quadros e fotos emolduradas, estavam embrulhados e dentro de pequenos caixotes, etiquetados por fora. Era mais fácil de identificar na nova casa. Outros objectos estavam em sacos novos de plástico. Na azáfama do carregamento para a carrinha das mudanças, alguém diz isto não. É lixo. “Então levo-os de imediato para o contentor, sempre fica aqui menos tralha.” Agarra dois sacos e sai. Volta, segura mais dois. “Pára! Isto não é lixo. Leva-os para a carrinha”.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Coimbra

SE EU PUDESSE ANDAR LIVREMENTE:
Pintava o mundo com as cores do arco-íris.
Disse o menino sentado na cadeira, que mostrava 
a sua limitação.
– Pintava o céu, o mar, e os passarinhos a cantar.
Pintava os jardins com flores,
árvores gigantes, montes, fontes
e o sol, para os amores.
– Achas que vou conseguir, Mãe?
– Claro que sim, meu amor, se nunca deixares de sonhar.
– Nos meus sonhos eu consigo voar. Mas:
LIVREMENTE ANDAR, SE EU PUDESSE.
Natalina Marques, 57 anos, Palmela

… um pouco de paz!
Adorava conseguir falar e detesto ouvir. Quis a sorte que viesse ao mundo sem boca nem olhos. Todos me olham como se de um monstro se tratasse. Como é que sei se não tenho olhos? Sentia vibrações do som, que traem a hipocrisia das pessoas, ecoar-me na cabeça. Ouvia até ultrassons e infrassons. Minha mãe deu ouvidos à erudição e em dia desabrido fui operada.  Perduro cega. Articulo e não oiço. Detesto falar. Adorava ouvir e conseguir…
Eurídice Rocha, 50 anos, Coimbra

Meu Deus... que beleza tem a vida!
É fantástico acordar com o sol a assomar pela janela do quarto e a doce harmonia dos pássaros do jardim.
É agradável correr livremente na praia, absorvendo o perfume da maresia, admirando ondas agrestes, sentindo a água fresca, a areia húmida a acariciar os meus dedos... são sensações maravilhosas!
De repente, vejo num canto uma criança triste, abandonada, repleta de frio e fome.
Meu Deus... que beleza tem a vida?
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto

Solitário
Rodeado de neve senti o silêncio… sonhei que acordei no Evereste. Acordei sozinho numa tenda e, por incrível que pareça, frio polar passou por mim… ao passar já estava no cume do Evereste, estava no paraíso. Vi pessoas… ao longe… parecia uma miragem, mas eram os meus amigos, sentia-lhes falta. Era um lobo solitário a olhar para o distante. Sentia-me feliz por revê-los… de quem gosto, como gosto de doce chocolate. Senti rodeado o silêncio de neve…
Sérgio Felício, 37 anos, Coimbra


Sobe as escadas de mão dada com a mãe. Contam alto os degraus: um, dois... Assim não pede colo e vai aprendendo os números. Três, quatro – as pernitas rechonchudas ainda precisam de se esticar para subir. Cinco, seis. “Estou cansado”, reclama. “Falta pouco, vá”, diz a mãe. Sete, oito. Os braços erguem-se num pedido mudo de colo. “Estamos quase, quase”. Nove, dez. “Chegámos, filho, viste? Foste capaz! Estás mesmo crescido”. E ele corre, feliz por ter conseguido.
Maria do Rosário Morujão, 52 anos, Lisboa

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