O DIA CHUVOSO
O inverno traz destas coisas.
Chuva e frio. Mas naquele dia parecia que o céu ia desabar sobre a terra. Algum
motivo muito forte fazia as nuvens chorarem em pranto. Preferi
não pensar nisso e dormir. Durante o sono saí da cidade e entrei numa floresta
densa e escura. Mil criaturas horríveis davam-me as boas vindas. Despertei
sobressaltada, e liguei a televisão, mas um choque elétrico estourou-a. Que mais poderia esperar de uma
sexta-feira 13? Era barata…!
O DIA DE
AZARES
Eram 8h22m quando liguei o carro
e não respondeu. Estava atrasada e o autocarro fugia da paragem. Tentei um
táxi, mas um grupo de miúdos a correr pela rua abaixo, impediram-me de entrar
na viatura e outra pessoa a roubou. Pensei ir a pé, quando o tacão prendeu-se
na calçada. O dia estava perdido e só queria descansar, mas ao rodar a chave na
fechadura, esta bloqueou. Que mais poderia esperar de uma sexta-feira 13? Era barata…!
O DIA DO
ANIVERSÁRIO
A Maria estava radiante. O dia
13 chegara e estava desejosa para comemorar o aniversário. Era sexta-feira, o
mesmo dia em que tinha nascido e fazia 13 anos. Para não contrariar o número,
só tinha convidado 13 pessoas. Ansiava que aparecessem, com presentes ou não, o
importante era a festa, apesar de humilde. Eram 16h04m. Estavam 4m atrasados,
não havia azar. Mas às 20h13m a tristeza abateu-a. Que mais poderia esperar de uma sexta-feira 13? Era barata…!
Vanda
Pinheiro / Maria Jorge
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