10/07/12

e arrumando tudo melhor...


Quando cheguei ao consultório, as palavras já lá estavam, sentadas e organizadas alfabeticamente!
Pelo canto do olho vi que comunicavam apenas com palavras começadas com a sua letra! Fiz de conta que estava distraída e fui observando! A diabrura em palavra falava com a doçura! Mantinham uma conversa palavrosamente equilibrada de muitas ideias e poucas palavras! Pobres das palavras sem sal, perdidas em silêncios por desconhecerem a palavra-chave. Subitamente entraram as palavras saídas da casca… Que palavreado!
Manuela Ferrer


Ajoelhado a seus pés, jurou que estava arrependido de se ter arrependido de namorar com ela. Lembrou que, quando a conhecera, achara que nunca ficaria arrependido de assumir esse compromisso. Afinal, não sabia porquê, tinha-se arrependido, e quanto a isso, não havia nada a fazer. Agora que estava arrependido de se ter arrependido, queria voltar para ela. Isto, se ela o perdoasse por se ter arrependido.
Confusa e perturbada com tais artifícios argumentativos, ela mandou-o à mãe.
Carlos Alberto Silva, Leiria



No mesmo jardim

Pessoas são como flores
Há flores com beleza rara e outras que só se mostram em raras ocasiões.
Há flores fartas em cheiro, cor,  florescência...
Há flores que parecem sorrir, e há flores traiçoeiras, que dissimulam na viçosidade o espinho que fere e  sangra. 
Pessoas são como flores. Nascem da morte da semente, brotam em solo fértil, com água e alimento na medida certa e um adubo chamado amor.
No final, fazemos todos parte do mesmo jardim.
Bia Hain

2 comentários:

  1. muito bonito este pequeno texto, que transforma-se em grande por quem o lê.

    O seu blogue Margarida é muito convidativo :)

    Ja agora convido-a a passar pelo meu.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Obrigada, Miguel, assim farei.
    Um abraço
    Margarida

    ResponderEliminar