-Não leiam muito, à noite muito menos, faz mal aos olhos.
Esta era uma frase insistentemente repetida pela avó que se preocupava muito com a nossa saúde. Mas nós éramos leitoras compulsivas. Os livros espraiavam-se por toda a casa. Por onde passávamos, tínhamos um livro a olhar para nós e a suplicar-nos (não muito pois não era necessário!) para lhe pegarmos e o folhearmos e o lermos.
-Faz mal, uma ova! – respondíamos, olhando-a por cima dos óculos!
Ana Paula Oliveira, São João da Madeira
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