És um leitão felizardo, diziam-lhe. És gordo, bem
tratado! Mas ele sabia que esses dias haviam acabado. Como uma pequena rolha, assim se sentia,
pois duma imensa fraqueza padecia. Seu fiel almofariz, sempre recheado,
estava vazio, despedaçado. O despertador há horas tocou, mas ele ainda não
almoçou! A bola de ténis fora solução, roeu-a à exaustão. Até
uma vespa que passou, com pena do pobre coitado ficou. Como o seu papel mudou. Era verdade, a crise chegou.
Margarida Ramos, Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário