A melga escanzelada voou uns
quilómetros ao encontro da melga anafada para lhe pedir ajuda.
– Não aguento a penúria, não
tenho mais onde sugar!
– Isso pensas tu. Sê esperta, faz
como eu!
Obedecendo-lhe cegamente, picou e
sugou onde pensava já não ser possível. Mas continuava escanzelada e cada vez
mais subserviente à medonha melga gorda.
Desanimada, questionou:
– Eu sugo, sugo, e tu é que
engordas?
A resposta não veio.
Veio o vento. Zangado soprou,
nenhuma escapou.
Ana Paula Oliveira, Santa Maria da Feira
publicado aqui:
http://livro-leitor.blogspot.pt/2012/11/vento-que-as-leve.html
publicado aqui:
http://livro-leitor.blogspot.pt/2012/11/vento-que-as-leve.html
Sem comentários:
Enviar um comentário