Fiz quatro somas e uma divisão, para partir em dez o meu coração único, que distribuí como pude pelos que amo.
Antes sôfregos de carinho, vi-os sorrir como nunca, pelas minhas contas elevados à alegria.
Depois sentei-me à espera de reclamações, que não chegaram, para meu espanto.
E então descansei, com as mãos sobre o peito, já sem nele sentir a geometria rígida do passado.
Se o problema já não me inquieta é porque deve estar resolvido.
Rita Bertrand, 40 anos, Lisboa
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