A sua morte desgastara-a. Sofrimento incomensurável. Queria ficar só. Quem sabe, ir ter com ele.
Dormir, depois do adeus, era tudo o que desejava. Não conseguia. Exigiam-lhe papéis e mais papéis para assinar e fazer prova de filiação, como se alguém conseguisse mentir sobre um assunto destes.
E o notário:
– Rua 33? Diga?!
– Sim, Sr. Doutor, exactamente o que pensa; como no médico: “Diga, 33!”.
– Sim, Sr. Doutor, exactamente o que pensa; como no médico: “Diga, 33!”.
Caminhou para casa. Tomou
os comprimidos. Deitou-se. Viu-se a caminhar até ele.
Isabel Pinto, Almada
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