A noite vem poisando
devagar e a leve brisa traz-me a sensação de ti, a vontade imensa de respirar
os gestos e os dizeres que te pertencem. Sinto ainda os teus lábios nos meus e
o calor do teu abraço. Só os meus olhos não vêem os traços do teu rosto, o
respirar do teu dormir. Mas ouço ainda o riso largo da felicidade e as palavras
esgotam-se, agora, que o silêncio é um mar sem ondas.
A noite vem poisando
devagar - Noite de Saudade - Florbela Espanca
agora, que o silêncio é
um mar sem ondas - Súplica - Miguel Torga
Sandra Évora, Loures
Sem comentários:
Enviar um comentário