De todos os
cantos do mundo, trouxe aquilo que me pertencia. Procurei e cravei na alma
as memórias de uma vida. O cheiro, o mar salgado, a procura pela liberdade, os
pés descalços na areia quente. Perdi-me nessa vontade insaciável de ir mais
além, mais longe de mim mesma. Sobrava o mundo, e dele, queria tudo. A luz, o
medo, a cor, o frio da brisa de quem vive livre. Tudo o que tinha fugido do céu.
De todos os cantos do mundo
– Mar, Sophia de Mello Breyner Andresen
Tinha fugido do céu – Num
meio-dia de fim de primavera, Alberto Caeiro
Inês Costa,
19 anos, Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário