Levantou-se deprimida, com dores de cabeça de tanto fazer
contas à vida durante a noite. A casa sempre igual, a precisar de uma pintura,
de cortinas novas. Tirou os livros da estante, lixou a madeira, limpou, pintou
com tinta branca e esperou que secasse, relendo a poesia de Florbela Espanca.
Acendeu as luzes, numa velha garrafa pôs uma rosa, recolocou os livros na
estante, ao acaso. Uma brisa fez voar as velhas cortinas e a primavera entrou.
Maria Helena Frontini, 52 anos, Regueira de Pontes, Leiria
Que texto inspirador, tão delicado...parabéns à Maria pela inspiração. Em breve retorno com minhas participações. Um abraço às duas!
ResponderEliminarObrigada Bia. Poderia ter sido real!
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