Jantávamos na cozinha,
apertados junto à fogueira, o único sítio quente da casa. Terminado o Terço,
sentava-me nos joelhos do avô.
– A sua bênção, meu avô.
– Deus te abençoe, meu
filho! Queres uma história?
Previamente marcada por
um fio vermelho, no livro grosso, guardado numa prateleira alta ao lado da
chaminé – fazia-me sonhar.
Apenas uma de cada vez,
fez crescer a vontade de saber ler, de crescer, de surripiar os livros das
prateleiras e de os ler.
Luís Marrana, 52, Oliveira do Douro, Portugal.
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