Empurrou o portão. Saltitou pelo jardim.
– Ó mãe! Olha as notas! Vou p´ra Lisboa, certinho! – gritava, de folha
na mão, escorrendo tanto suor como excitação.
Aurora, esticada na cama, arrepiou-se com o calor da notícia. A sua
menina ia voar. Que ânsias: orgulho e angústia lutando. Imobilizou-se.
Marta entrou, destravada. A canela bateu na esquina da cama.
Guinchou:
– O qu´é que tás a fazer? Não ouviste?
– Ouvi filha, mas… em julho
abafadiço, fica a abelha no cortiço.
Maria José Castro, 53 anos, Azeitão
Desafio
Rádio Sim nº 3 – um dos provérbios dados no fim
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