Despira-se lentamente e descobrira novas manchas.
Dormia, agora, deixando
que o seu passado recente desfilasse
nos sonhos. Despertou mais calmo. Declarou-se culpado, dizia-se arrependido.
Desdenhara da relação, danificara os sentimentos quando, friamente, dispensara a namorada como quem despede alguém incompetente, enquanto dançava com outra e com ela se derreteu
(e derrotou) em loucas noites de
amor.
O palavrão desenhado no relatório médico desconcertou toda a sua existência, derramou-lhe lágrimas sofridas e definiu novas regras de conduta. Seropositivo!
Ana Paula Oliveira, 52 anos, S. João da Madeira
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