Chovia imenso, o frio chegava-lhe
aos ossos e a casa ficava longe.
Ao sair, o sol brilhava, nada
fazia prever tal chuvada. Abrigou-se num portal, ouviu-se abrir uma porta, uns
olhos fixaram-no. A porta fechou-se e reabriu-se. Ela apareceu com dois cafés e
um casaco.
Sentou-se junto a mim nas
escadas. Conversámos sem parar. A chuva, essa parou. Com olhos brilhantes
levantou-se e sorriu, dizendo a este velho solitário:
– Obrigado, adorei o serão.
Espero-o na próxima chuvada?
Carla Silva, 39 anos, Barbacena, Elvas
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