O maestro marcava o compasso, mas da flauta só silêncio saía.
Foi a trompa a salvar a
situação com o seu potente sopro. Pelo chão derramou-se uma música confusa, pois as notas não sabiam se eram colcheias,
semicolcheias ou semifusas.
Num suave ruído, a flauta confessou o seu sonho. Ser clarinete. E, na sua ilusão musical, pensava que, se se empanturrasse de notas, poderia crescer e tornar-se num.
Mas, ou se nasce clarinete, ou não se nasce.
Num suave ruído, a flauta confessou o seu sonho. Ser clarinete. E, na sua ilusão musical, pensava que, se se empanturrasse de notas, poderia crescer e tornar-se num.
Mas, ou se nasce clarinete, ou não se nasce.
Quita Miguel, 53 anos, Cascais
Desafio
nº 52 – uma história com
música, ruído e silêncio
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