04/10/13

Arma mortífera

Tudo o que precisava agora era da presença assídua daqueles ruídos: o som matinal do trânsito, o telefone no escritório sem parar de chamar e vozes: gente a falar de assuntos sérios.
Assim a realidade não custava! Estava ocupada, as coisas faziam sentido!
Chegando ao carro evitava ligar o rádio! Aquelas músicas que outrora lhe causavam arrepios de pura felicidade, agora faziam do seu corpo um campo de batalha, onde o silêncio era a arma mais mortífera!


Vera Viegas, 29 anos, Lisboa
Desafio nº 52 – uma história com música, ruído e silêncio

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