Pela
janela da sala, viam-se os ramos das árvores contorcendo-se com a força do
vento, da chuva e lá voaram mais umas quantas folhas. Empurradas pela fúria dos
elementos, nem conseguiram efetuar aquele bailado que lhes é costumeiro,
serpenteando elegantemente ao som de uma música, que, para o
ouvido humano, é puro silêncio. Só ele conseguia perceber, naquele ruído,
a beleza de uma sinfonia como se fosse dirigida pela batuta do saudoso e
descabelado maestro von Karajan.
Mia dos Santos,
53 anos, Leiria
Desafio
nº 52 – uma história com
música, ruído e silêncio
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