08/11/13

Abraçar os fantasmas da noite

A candeia projetava uma luz débil e  intermitente.
Lá fora, na floresta, ouvia-se o uivar do vento qual mar enfurecido.  Pareceu-me ouvir alguém caminhar na curva da estrada junto à encruzilhada, mas não tive ousadia suficiente para vencer o susto e desfiar a intempérie. O silêncio  isolava-me, a palavra apenas existia dentro de mim, para saciar a minha sede no grito da minha confidência.  Para fugir à regra abri uma exceção e abracei os fantasmas da noite.

Rosélia Palminha, 65 anos, Pinhal Novo  

Desafio nº 54 – pares de palavras com sentido contrário

Sem comentários:

Enviar um comentário