A
rapariga pousou o saco no caos do balcão e ordenou:
– Sr.
João, cosa-me esta soca com urgência!
– Credo!
Que pressa! Até parece caso de vida
ou morte.
– Logo
é o baile da Associação. Preciso mesmo delas!
– Estas
cabeças ocas da juventude só pensam
em folia! – gracejou ele.
Ela
conteve-se, a custo.
– Que
asco! Velhadas retrógrado! – pensou.
Esperou.
Ao receber a soca reparada, ouviu:
– Vê
se coas esse mau feitio!
Encontramo-nos no baile. Sou um dos organizadores.
Palmira Martins, 57 anos, Vila
Nova de Gaia
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