penso em tudo o que não tenho e queria ter;
vejo tão bem a vida a passar,
não consigo agarrá-la como queria,
não consigo trincá-la como me apetecia!
É noite e o camião do lixo ensurdece os corações
abandonados
trancados, apaixonados, conformados, desesperados…
Difícil mudar um ritmo que se enraizou,
a monotonia que se colou
numa voz que só quer gritar prá folha um verso:
E será um verso de amor…
Isabel
Pereira da Costa, 46 anos, Paris, França
Versos: Fernando Pessoa, “Quando ela passa” (in Poesia
I, 1902-1929, 3ª ed., Pub. Europa-América); Alexandre
O’Neill, “Poesia e Propaganda” (in Poesias Completas, 1951/1986,
INCM)
Desafio nº 35 – partindo de dois
versos de autor
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