Deve haver uma falésia qualquer
Para eu fugir com meus livros
Sentar no mármore, chupar caramelo
Contemplar abelhas ziguezagueando nenúfar
Hipótese alguma o trabalho ruborizar
Pois esse sistema dispenso notificar
Longe dos entulhos vou enterrar meu grito
Imobilizar o jacaré com pontapé
Tremendo a ruminar ovo e queijo
Ousarei amar o botão de rosa
Com unhas e velas murmuro a xingar
Doutor vamos jogar, até verter nosso querer
Sem levedar nossa
união
Dispersar o xisto desse galardão
Ângela Maria Green, 56 anos, Novo Horizonte -
São Paulo - Brasil
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