A abelha borrifou-se
para a flor.
Ao longe, ouviu-se o carburar
de uma lata velha.
A abelha dispersou-se, enterrou-se
numa sebe próxima.
Era a falésia que gritava
ao sol a pique. Havia dois dias que imobilizara jogando
comigo próprio. Um livro murmurava, zumbia, notificando-me,
alertando-me. Ousei sorrir, prenunciando um querer altivo.
Ruborizei-me, sustendo a respiração. Tremi, unindo
a abelha ao meu destino.
Não verti lágrimas, antes,
sobre o xisto, em ziguezague, fugi deste texto, exercício amargo!
Jaime
A., 49 anos, Lisboa
Desafio nº 58
– tabela de 2 palavras obrigatórias para o alfabeto, uma à escolha
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