A lembrança de um belo par de
sapatos que constituíram, não passava de uma mera memória. Antes eram uma
equipa, agora resvalavam cada um para seu canto. O direito culpava o esquerdo,
fazendo menção de lho recordar com frequência.“A culpa é tua deste nosso abandono,
se não tivesses quebrado o teu tacão devido a ficares pasmado olhando o sapato
alheio, terias visto o buraco que pisaste.” “É sempre a mesma conversa, eu já
sarei, tu continuas quebrado.”
Paulo Renato, 38 anos. Maia
Publicado aqui: http://estorias-curtas. blogspot.pt/2014/03/par.html
Desafio nº 62
– dois objectos, numa prateleira cheia de pó, conversam
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