– Quem te contratou? – perguntaram-lhe pela terceira vez, e pela terceira
vez permaneceu em silêncio.
Estava habituada a estes exercícios. Quantos fizera? Quinze, vinte? Não sabia e
isso pouco importava. O que a perturbava era o facto de se ter deixado apanhar.
Ela, Pastorisa, fora a melhor do curso, como não vira a armadilha que se
delineava?
Refletia sobre isso, quando sentiu o cão roer a corda que a amarrava.
Respirou fundo. Seria vencedora também na vida real.
Quita Miguel, 54 anos,
Cascais
Desafio nº 65 –
chamavam-lhe Pastorisa
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