30/04/14

Graças ao nome

Tinha um nome no mínimo, peculiar o que lhe conferia uma personalidade arredia.
Nos primeiros anos de escola sua grande tortura era a hora da chamada.
Primeiro porque não havia professora que não gaguejasse à primeira leitura! Depois pelos risinhos dos colegas que sempre a incomodavam. Encolhia-se.
Hoje, já adulta, ainda ouve as crianças a gritarem à hora do recreio: – Pastorisa, Pastorisa! Escondia-se.
Por destino ou força das palavras foi pregar na Igreja Universal: Pastora Isa.

Anne Lieri, 53 anos, São Paulo, Brasil

Desafio nº 65 – chamavam-lhe Pastorisa

2 comentários:

  1. Obrigada Margarida por postar meu conto por aqui! Fiquei contente que gostou da postagem lá no meu Recanto! bjs,

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