Depois do fim, era a
incerteza.
Irma olhou em volta, a perplexidade estampada no rosto.
Para dizer a verdade, guardara uma réstia de esperança de
que alguém a aguardasse. Contudo,
viu-se sozinha, parada num amplo vazio, diante do portão que se fechara,
devolvendo-lhe a liberdade. Ali o ruído era bem diferente do constante zumbido
da prisão.
«Fantástico», quis gritar ao sentir-se dona da sua vida,
mas não conseguiu. Olhou à direita, à esquerda e seguiu em frente.
Quita Miguel, 54 anos, Cascais
Desafio nº 64 – texto
começando por “Depois do fim…”
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