21/04/14

Depois do fim, era a incerteza.
Irma olhou em volta, a perplexidade estampada no rosto.
Para dizer a verdade, guardara uma réstia de esperança de que alguém a aguardasse. Contudo, viu-se sozinha, parada num amplo vazio, diante do portão que se fechara, devolvendo-lhe a liberdade. Ali o ruído era bem diferente do constante zumbido da prisão.
«Fantástico», quis gritar ao sentir-se dona da sua vida, mas não conseguiu. Olhou à direita, à esquerda e seguiu em frente.

Quita Miguel, 54 anos, Cascais

Desafio nº 64 – texto começando por “Depois do fim…”

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