Há quantas semanas – ou meses? – eu
a espiava discretamente? Perdera a conta.
O formigueiro no estômago aparecia
sempre com ela, como se viessem de braço dado, enlevados um no outro. Demorei a
perceber que não padecia de qualquer maleita: era amor!
Então decidi dizer-lhe.
Sentámo-nos, lado a lado, na aula
de Português e eu comecei:
– Tenho uma coisa para te contar.
As palavras atrapalharam-se
dentro de mim, os meus neurónios em atropelos, e acrescentei:
Maria José Castro, 54 anos, Azeitão
Desafio RS nº
13 – … palavras atrapalharam-se dentro…
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