Foi com bravura que
construiu as palavras. Foi com raiva que as amarrotou!
– Bom dia, senhor
Adelino.
– Bom dia, menina
Glória. Aqui tem o seu troco.
Por falta de coragem
levou anos para revelar-lhe o seu segredo. Agora ela já não queria saber:
o sabor de outros braços servia-lhe de ninho...
Um dia alguém se
inclinará para pôr ordem a esta vida desarrumada e recuperará cada letra, cada
palavra, cada frase amarrotada...
O amor não é lixo!
Faísca Maria, 57 anos, Faro
Desafio
nº 68 – imagem de uma
folha amarrotada
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