As palavras
daquela carta não lhe saíam do pensamento. Deitara-se e levantara-se com elas a
arruinar-lhe a alma. Compromisso? Responsabilidade? O que lhe doía mesmo eram
as últimas «até nunca!» Não se via a desejar falar-lhe, tocar-lhe e não o poder
fazer. Não se via privada do prazer de saborear o arroz-doce tão cremoso, tão
macio! Era o momento de dar uma volta à vida. Joana arranjou-se, saiu. A
caminhada devolver-lhe-ia as palavras que faltavam. Certas, resolutas!
(sem desafio)
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