A mosca perseguia-o,
desde que tinha começado a sofrer de insónia; sempre cravada nas costas ou na
testa. Decidiu fugir.
Pela vereda
fora, a vegetação, cada vez mais densa, fechava-se contra o corpo,
fazendo-o sentir uma espécie de asfixia. Deambulou sozinho, o
caminho apertava-se, mas, esquecido do mal-estar, alcançou
a sua meta. A casa da árvore, que fizera em garoto, mantinha-se intacta!
Subiu, e experimentando
saudades reconstruídas, sacudiu a mosca com determinação, fechou os olhos e
adormeceu.
Regina Graça, 50 anos, Coimbra
Desafio nº 70 – frase de palavras
obrigatórias
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