Ana encontrava-se com um colega em intervalo. Aparece um jovem, sereno,
feliz. Dirigindo-se-lhes. Cumprimentaram-se calorosamente, com contentamento,
nostalgia; não se cruzavam já.
Dialogaram os três sobre resultados escolares. Houve parabéns, abraços
e… subitamente o colega em tom brincalhão, humorístico, diz-lhe: “Ana foi
péssima contigo”. Respondeu-lhe: “Pelo contrário, foi a melhor…”. Incrédula, emocionada,
abraçou-o, beijou-o, agradeceu-lhe. Palavras bonitas, sentidas, verbalizadas.
Inesquecíveis. Depois as palavras
atrapalharam-se dentro de si.
Sentiu-se atordoada. Racionalizou: projectara nela tudo o que ele era.
Isabel
Pinto, 47 anos, Setúbal
Desafio RS nº 13 – … palavras atrapalharam-se dentro…
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