Julgando-se esquecido, deambulou por
entre as áleas do jardim, sozinho, entregue a pensamentos
acinzentados como o dia, não se conseguindo apaziguar. Para além do muro da
segurança, existia, como outrora, um mundo inteiro. Ousou e transpôs os
portões. Vereda fora, na inutilidade das horas, cismava por que o
tinham depositado no Lar.
Experimentando confusos sentimentos, deixou-se
ir, convocando a companhia das saudades que, por magnetismo,
iam sendo reconstruídas.
Foi o bálsamo
libertário até que alguém o encontrou.
Elisabeth Oliveira Janeiro, 69 anos, Lisboa
Desafio nº 70
– frase de palavras obrigatórias
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