Debaixo do nome Ludmila Faneca, gravado
no cimento por cima da porta da loja de tratamento de unhas,
escondiam-se duas pessoas bem diferentes. Uma, um verdadeiro estafermo,
que todos queriam enterrar. Outra, um ser querido que se
revelava a lamparina no caminho dos desafortunados.
Enquanto fechava a porta, dando por
findo mais um dia de trabalho, Ludmila escolhia a qual daria guarida. Vendo as
três coscuvilheiras que se aproximavam, decidiu-se:
– Hoje vou de estafermo, estou de regime.
Quita Miguel, 54 anos, Cascais
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