Do alto da estante, o dicionário lamentava-se: «Aqui
estou, abandonado, eu que tanta sabedoria debitei nesta casa...»
«A culpa é dessa internet», opinou a gramática. «Ela que mal sabe escrever...»
«Ordinária, é o que ela é», acrescentou a enciclopédia. «Lê-se cada pouca vergonha!»
Nisto, o Dono da Casa vem buscar o dicionário. «Preciso de
ti», murmura-lhe. «É que sou do tempo antigo, não entendo estas
modernices...»
Orgulhoso, o livro sorri, esquecendo-se do nada em que se transformara...
«A culpa é dessa internet», opinou a gramática. «Ela que mal sabe escrever...»
«Ordinária, é o que ela é», acrescentou a enciclopédia. «Lê-se cada pouca vergonha!»
Nisto, o Dono da Casa vem buscar o dicionário. «Preciso de
ti», murmura-lhe. «É que sou do tempo antigo, não entendo estas
modernices...»
Orgulhoso, o livro sorri, esquecendo-se do nada em que se transformara...
Isabel Lopo, 68 anos, Lisboa
Desafio nº 74
– nada em que se transformara
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